sick of the small world ou aquilo que me apetecer agora chamar ao título desta cena
sentado. língua de fora. olho o écran. ouço uma música de uma banda conhecida. que a maioria dos que conheço desconhece o nome. olho o écran. pretendo escrever uma história. mas nunca conseguirei acabá-la. o início começa com a palavra que esqueço sempre. curvo-me sobre a mesa. olho o teclado. por cima das lentes a gordura de um dia inteiro a pensar que faço bem as coisas que nunca aprendi. a minha criatividade não chega para acreditar. no vazio que se esfuma por entre o descanso pálido das horas que completam o salário injusto. sim, eu ao menos tenho um para me queixar. é fodido. nunca seremos todos contentes da mesma forma. talvez por isso nunca haja consenso do mesmo lado da barricada. porque há sempre diferenças... e o relativismo não cabe na cabeça da maioria, saber e aprender a medir os factos de acordo com os contextos em que se inserem. eu sou um facho para os desempregados. um revolucionário para o meu patrão. enfim, sou feliz para uns e infeliz porque quero para outros. mas o que eu gosto mesmo é que não me chateiem.
queria deitar-me cedo. mas há qualquer coisa que me espanta. na pouca serenidade que tenho. o bem escasso aprecia-se e destrói-se. assim vai o homem. este.
queria deitar-me cedo. mas há qualquer coisa que me espanta. na pouca serenidade que tenho. o bem escasso aprecia-se e destrói-se. assim vai o homem. este.
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